Dez motivos para investir em obras de arte

Investir em arte pode ser uma excelente opção a médio e longo prazo. O artista brasileiro Dennis Esteves dá dez dicas importantes para quem está pensando em investir em obras de arte

1 – ENCANTAMENTO
Este é o primeiro e mais fundamental de todos os motivos para que você possa começar sua coleção de obras de artes. Quando você encontrar aquela obra que lhe salte aos olhos, tenha bem claro em sua mente que ela é única e exclusiva, fruto das mãos habilidosas de um artista, e essa é a razão pela qual frequentemente ouvimos falar em preços astronômicos atingidos por obras de arte, pois uma autêntica obra de arte é única, exclusiva, e rara!

2- AFINIDADE
É preciso constatar afinidade com a proposta retratada artisticamente, pois acima de tudo sua aquisição precisa dialogar com o ambiente e as pessoas que vivem ou trabalham por lá. Assim ela proporcionará beleza, harmonia e bem – estar a todos. Muitas obras de arte, vão muito além da decoração, e levam seus interlocutores a reflexões filosóficas, sejam elas de prazer, contestação, ou melancolia. Você vai conviver com sua obra de arte em permanente exposição na sua parede, então é bom que tenha afinidade com ela e sua mensagem.

3 – EMOÇÃO
Se você encontrou uma obra de arte que lhe encantou e pela qual você sente afinidade, certamente ela causou algum tipo de emoção! Seja qual for o tipo de sentimento, alegria, raiva, ironia, ou tristeza, cabe a você definir qual tipo de emoção lhe toca mais, e com qual você prefere conviver. Uma verdadeira criação artística provoca sempre uma emoção no interlocutor, pois a arte em sua mais primitiva essência nada mais é que a mais autêntica forma de diálogo e expressão do seu criador.

4- ADMIRAÇÃO
Muitos colecionadores elegem seus artistas preferidos e acompanham suas carreiras adquirindo várias peças de um ou no máximo dois artistas diferentes. Isso acontece, pois nem sempre é fácil encontrar um artista que os toque em termos de emoção, afinidade e encantamento, e que ao mesmo tempo tenha uma obra criativa e original, com uma técnica admirável. Deixe de lado os conceitos decorativos, que são muito diferentes dos princípios artísticos, pois em termos de colecionismo, e a menos é claro que você queira abrir uma galeria, é muito mais interessante ter vinte quadros de diferentes fases de um pintor, do que um quadro de vinte artistas diferentes.

5- ACESSO
Está mais fácil comprar arte. O comércio de arte sempre teve o estereótipo de produto de luxo e inalcançável, que atualmente começa a ser desmistificado. Nos últimos anos muitas galerias de arte abriram suas portas em grandes centros comerciais e shoppings centers, se aproximando mais das pessoas. Isso vem rompendo a barreira do “medo de entrar em uma galeria no Brasil”, onde a arte equivocadamente é sinônimo de consumíveis da elite.
Garimpando bem no mercado, é possível encontrar excelentes oportunidades entre R$ 1.000,00 e R$ 30.000,00 com opções de parcelamento sem juros.

6- ASCENSÃO
Na maioria das vezes, a aquisição de uma obra de arte acontece por conta da emoção, afinidade e admiração com a linha criativa de um artista, mas não é por causa disso que o comprador deve deixar de olhar para sua aquisição como um investimento, afinal de contas um quadro óleo sobre tela terá uma longevidade muito grande. Os especialistas aconselham levar em consideração algumas peculiaridades que podem sinalizar a ascensão de um artista no mercado de arte , como a relação entre o percurso e a idade do artista. Não dedique muita atenção à prêmios recebidos em salões de arte que refletem a opinião de alguns jurados, e valorize muito mais a quantidade de exposições realizadas pelo mundo, catálogos e livros publicados.

7 – INCENTIVO
Além de fomentar e incentivar a produção artística , o colecionador conta com uma carga tributária diferenciada. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), autoriza todos os Estados, inclusive o Distrito Federal, a isentar o ICMS nas saídas de obras de arte, decorrentes de operações realizadas pelo próprio autor. O citado Convênio, ainda, autoriza os Estados e o Distrito Federal a concederem crédito fiscal presumido, em montante igual a 50% (cinquenta por cento) do imposto incidente na operação em que resultar saída de obra de arte, recebida diretamente de autor com isenção.
No caso de revenda adquirida diretamente do autor com a isenção do imposto tratado, o vendedor poderá creditar-se de importância equivalente a 50% (Cinquenta por cento) do imposto incidente na operação. ( Mais informações em www.gsibrasil.com )

8 – VALORIZAÇÃO
O megainvestidor americano Warren Buffett diz que “A chave para investir não é o quanto uma empresa afetará a sociedade, ou quanto ela vai crescer, mas sim determinar a vantagem competitiva de qualquer empresa e, acima de tudo, a duração dessa vantagem”
Pensar em investimento, significa conhecer bem o ativo ou a empresa que nesse contexto é o artista, e o maior sinal de uma possível valorização é analisar o quanto este artista é autossustentável.

9 – PATRIMÔNIO
É muito importante que você como investidor de arte cultive a ideia de que investir em uma obra de arte é investir em um patrimônio, e diga-se de passagem muito sólido pois sua longevidade pode acabar gerando riquezas a várias gerações de sua família. Sua mobilidade faz de seu investimento um bem que pode lhe acompanhar para qualquer parte do mundo, além de lhe proporcionar o desfruto vitalício enquanto valoriza ao longo dos anos.

10 – RETORNO DO INVESTIMENTO
Obviamente para obter lucro com sua obra de arte, o investimento precisa ser certeiro. Existem muitos artistas talentosos, que apesar de suas habilidades passam pela vida desapercebidos, e comprar uma obra de arte porque está barata não irá garantir o sucesso de seu investimento.

Acompanhar a carreira de seu artista, e a certificação de que exista uma séria documentação catalográfica são fatores que devem ser fundamentais na hora de decidir começar sua coleção.